Revista ACP Maio

O NDEC foi criado nos anos 80 para permitir comparações e melhor informar no ato de compra 7 MAI I 2018 preocupações das sociedades e, claro, da indústria automóvel. Foi assim que se idealizou o teste NDEC, cujo objetivo principal era criar um indicador comum a todas as marcas, que permitisse ao consumidor comparar os vários modelos de automóveis, sobretudo em relação ao consumo. A União Europeia apressou a criação de um novo teste que permitisse cumprir as atuais expectativas Os novos testes aproximam-se muito das condições reais de utilização de um veículo de ensaio, as caraterísticas e condições em que são feitos os novos testes aproximam-se muito das condições reais de utilização de um veículo, agora com valores de consumo e de emissões mais ajustados à realidade. O tempo de testes aumentou, a distância percorrida duplicou, assim como também cresceram as velocidades média e máxima usadas em teste. Também as temperaturas usadas mudaram, estando mais ajustadas à média europeia. Mas o destaque vai para as chamadas fases de condução, com a ponderação dos equipamentos opcionais de um modelo e das passagens das caixas de velocidade. Mesmo que depois os valores anunciados não se verificassem na realidade, já que cada modo de conduzir influencia obviamente o consumo final, assim como as condições climatéricas e o perfil das estradas. Mas as sociedades evoluem, as fiscalidades também, e os governos começaram a penalizar os carros mais poluentes. Ciente da desatualização do modelo usado, a União Europeia apressou a criação de um novo teste que permitisse cumprir as atuais expectativas. NEDC New European Driving Cycle WLTP Worldwide Harmonised Light Vehicle Test Procedure WLTP: O que é e como funciona? WLTP introduz condições de teste muito mais realistas. Eis algumas das novidades: Concebido na década de 1980, baseia-se em teoria da con- dução, estando desatualizado Criado em 2017, assenta em dados obtidos em condução realista, com resultados muito mais próximos do que sucede na estrada Modo de condução muito mais realista Uso de potências média e máxima mais elevadas Leque alargado de situações (urbano, estrada e autoestrada) Temperaturas ambientes de testes mais realistas, próximas dos valores médios europeus Mais quilómetros de testes efetuados Travagens mais curtas Acelerações e desacelerações mais dinâmicas e representativas Equipamento opcional: impacto nos valores de CO2 e consumo também são medidos Velocidades média e máxima mais elevadas Preparação e verificação mais rigorosas das condições dos veículos testados Disponibiliza os melhores e piores resultados com reflexo na informação para os consumidores Nasce assim o WLTP, que em tudo difere do NDEC. Embora também seja realizado num ciclo em banco No NDEC, havia apenas duas fases, com 66% de percurso urbano e 34% não-urbano. No WLTP passou-se para quatro fases dinâmicas, com uma distribuição de 52% para urbano e 48% para extra- urbano. Quanto ao equipamento opcional de um modelo, como o ar condicionado, este passa a contar para as medições, o que antes não acontecia. A diferença no ponto das passsagens de caixas é que no NDEC eram iguais para todos os veículos, sendo agora específicas para o modelo testado.

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