Revista ACP Maio

MAI I 2018 16 DÉFICE REDUZ À CONTA DOS AUTOMOBILISTAS Pode-se dizer que o contribuinte português está a dar o litro para reduzir o défice do Estado, nem que seja quando abastece a sua viatura. Tudo porque o Estado tem carregado nos impostos sobre os combustíveis, prevendo-se assim uma apreciável receita fiscal superior a 3 mil milhões de euros anuais para 2018. O caso do gasóleo, o combustível mais consumido em Portugal (80%), os factos falam por si: desde 2016 que os impostos contidos no preço final do gasóleo subiram 15%, ou seja, há mais de um ano que o gasóleo está nove cêntimos mais caro devido à fiscalidade. Já na gasolina, o aumento de impostos ficou-se pelos 6%, ou seja, cerca de 5 cêntimos por litro de aumento. Foi no ano de 2016 que se deu o Impostos nos combustíveis dão mais de 9 milhões de euros diários ao Estado. São 3,3 mil milhões de euros/ano maior aumento de impostos sobre os combustíveis, consolidando o lugar de Portugal entre os países com maior carga fiscal da Europa. A isto soma-se a subida do preço do petróleo, que está nos 73,8 dólares. Portugal é dos países da Europa com maior carga fiscal nos combustíveis GASOLINA 95 62,77% ISP + IVA Com o Imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) nos dois primeiros meses de cada ano, em milhões de Euros Gasolina 95 e Gasóleo - €/Litro GASÓLEO 55,06% ISP + IVA Valor dos impostos em Euros por cada 1.000 litros de combustível Peso dos impostos no 1º Trimestre de 2018: Evolução das receitas do Estado 490 617 530 410 591 661 547 471 470 560 778 728 703 700 670 661 659 659 655 615 Holanda Itália Finlândia Grécia Suécia Reino Unido França Portugal Alemanha Bélgica gasolina s/ chumbo gasóleo 1 Jan 1,510 1,321 5 Fev 1,516 1,311 12 Mar 1,460 1,262 16 Abr 1,514 1,302 2014 2015 2016 2017 2018 341,3 367,2 368,6 457 543,2 Fonte APETRO/Observatório de Energia da Comissão Europeia/Direção-Geral do Orçamento, ACEA e Direção-Geral de Energia e Geologia

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