Revista ACP - Março
6 MAR I 2016 FAMÍLIAS CILINDRADAS PELO ORÇAMENTO DE ESTADO A família Silva mora nos arredores do Porto , cidade onde o pai e a mãe Silva trabalham, tendo de percorrer, em conjunto e só para trabalhar, cerca de 400 quilómetros por semana. Usam um Nissan Qashqai (1.5 a gasóleo) e um Fiat 500 (1.2 a gasolina). Só com os 7,5 cêntimos de aumento de imposto sobre os combustíveis, esta família vai gastar mais 112,5 euros por ano só para se deslocar para o trabalho. Pior é o caso da família Ramos , também com dois carros, uma carrinha Opel Astra (1.6 a gasóleo) e um Citroën C3 (1.2 a gasolina). Como as distâncias casa-trabalho em Lisboa são maiores, este casal percorre, em conjunto, cerca de 600 quilómetros por semana para trabalhar. Isso significa um aumento de 175,2 euros no orçamento anual. Por somar ficam as viagens de férias e de fim-de-semana. Isto demonstra que, se até agora os automobilistas eram sistematicamente fustigados pelo agravamento de impostos, desta vez a mão pesada das Finanças abre um rombo no orçamento das famílias e das empresas. São mais de 580 milhões de euros que o Governo espera lucrar face a 2015, com uma previsão total de 3.675 milhões de euros. Este vai ser o annus horribilis para o setor automóvel. Sobe tudo: combustíveis, IUC, ISV. Corta-se para metade no apoio aos elétricos, deficientes e IPSS passam a ser taxados no IUC. Um utilitário volta a ser mais penalizado na carga fiscal do que um desportivo de luxo Saiba o que vai mudar
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