Revista ACP - Março

Movimentos repetitivos, má distribuição do peso corporal e má postura são as principais razões para a tendinite, uma das principais lesões que afeta os motociclistas L.E.R. é um termo médico que significa Lesão por Esforço Repetitivo e é uma das dores de cabeça para os que recorrem às motas como meio de transporte, sobretudo no ambiente citadino, pois o resultado desse esforço degenera frequentemente em tendinite. Ao conduzir em cidade, com recurso frequente à embraiagem, o motociclista corre o sério risco de lesionar os tendões das mãos, punhos, antebraços, braços e ombros. Mas nem os que conduzem as scooters, conhecidas por “aceleras”, estão livres do risco da tendinite, mesmo que este fique confinado ao punho direito, dado o constante acelera/desacelera. Os sintomas gerais de uma tendinite passam por dor localizada no tendão afetado, dificuldade de movimentação do membro afetado, diminuição de força e da flexibilidade e vermelhidão ou inchaço local. Sendo uma lesão de difícil tratamento, a tendinite deve ser evitada da melhor forma possível, sobretudo através da diversificação de movimentos a partir dos tendões que maior risco correm. E isso passa também por uma alteração nos hábitos de condução, que deve ser adaptada ao tipo de modelo que conduz (Scooter, Desportiva, Trail, Costum e Cruiser). As recomendações gerais são as de alinhar os punhos com o antebraço, manter os cotovelos ligeiramente fletidos e evitar guiar com uma postura muito tensa. Para longas viagens recomenda-se paragens frequentes e exercícios de alongamentos. As tendinites não são a única lesão que afeta os motociclistas, sendo também frequente o surgimento de dores cervicais, dores lombares, bursites, espondilolistese (deslizamento anormal de uma vértebra em relação à vértebra seguinte) e dor ciática. 36 MAR I 2016

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