Revista ACP - Março
10 O parecer do Automóvel Club de Portugal sobre a requalificação da Segunda Circular, o principal eixo de distribuição de tráfego de Lisboa, é claro: um projeto desta envergadura, com enorme impacto na vida e segurança de milhares de pessoas, deve ser devidamente acautelado do ponto de vista custo/benefício. Tal implica um conjunto de obras que só quando estiverem prontas é que possibilitam a distribuição correta do trânsito para o interior da cidade. Sem estas obras, essenciais ao desvio do tráfego da Segunda Circular através da Radial de Benfica e do Eixo Norte-Sul, é impossível reduzir em 20% o tráfego atual na Segunda Circular, como garante a Câmara de Lisboa. Sem qualquer intervenção ponderada, também faz pouco sentido desviar o trânsito da A1 e IC19 para a CRIL, pois esta via já está saturada em todos os seus nós de acesso e apresenta um limite de velocidade de 70km/hora. Intervenções prioritárias Entre as obras essenciais e que deveriam ser prioritárias, contam-se uma intervenção nos vários nós daquela via, como melhorar a ligação à Avenida Padre Cruz no Nó do Campo Grande, melhorar a ligação da Avenida dos Combatentes ao Eixo Norte-Sul, reformular as ligações à Avenida Lusíada (sobretudo no sentido Benfica – Aeroporto) e melhorar a ligação da radial da Pontinha, separando este acesso a partir da CRIL Circular na Segunda sem obras prioritárias A obra anunciada pela Câmara de Lisboa para a Segunda Circular provocou um engarrafamento de protestos. Sem obras antecedentes ao projeto assiste-se na prática a uma operação de cosmética do acesso ao Centro Comercial Colombo e Hospital da Luz. A eficácia deste plano passa igualmente pela intervenção em vários pontos da grande via transversal de Lisboa, que vai de Sete Rios/Avenida das Forças Armadas, Avenida dos EUA e Avenida Marechal António de Spínola. A começar pela melhoria da ligação da Radial de Benfica ao Eixo norte-Sul, assim como será imperioso alargar a saída do Eixo Norte-Sul para a Avenida das Forças Armadas. Necessário é também alargar na ligação a Sete Rios a parte final da Radial de Benfica, para descongestionar o trânsito nesse ponto. A reformulação do nó de Entrecampos é igualmente importante, devendo deslocar-se o parque EMEL junto ao túnel para aí criar uma faixa de circulação de acesso à rotunda de Entrecampos, transformando a via da direita num acesso aos edifícios e novo estacionamento. A capacidade de escoamento do cruzamento da Avenida dos EUA com as Avenidas Marechal António de Spínola e Gago Coutinho seria totalmente beneficiada com a construção de um desnivelamento, com hipóteses de saída à direita. Ordenar o trânsito no centro da cidade No caso da segunda via transversal de Lisboa, feita pelo percurso da Praça de Espanha até às Olaias, passando pelas Avenidas de Berna e João XXI, a primeira intervenção necessária seria na própria Praça de Espanha, de forma a MAR I 2016 junho início das obras 11 meses de trabalhos 12 milhões de euros
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