Revista ACP - Dezembro
saúde | notícias 48 ALERGIA OU INTOLERÂNCIA ALIMENTAR? A alergia alimentar é uma reação imunológica, mediada por imunoglobulinas de tipo E (IgE) específicas, que ocorre após a ingestão ou contacto com um determinado alimento. As manifestações clínicas são geralmente imediatas. Quanto à intolerância alimentar, esta é causada pela formação de imunoglobulinas de tipo G (IgG) dirigidos contra proteínas dos alimentos. O organismo não consegue digerir completamente alguns alimentos, provavelmente devido a uma deficiência enzimática do sistema digestivo ou outro mecanismo desconhecido e, consequentemente, existe a produção de substâncias que o organismo identifica como sendo estranhas, o que causa uma reação de sensibilidade alimentar. A intolerância alimentar provoca microinflamações internas, com os sintomas a surgirem entre um a três dias após a ingestão do alimento nocivo - o que torna difícil a sua perceção. Já a alergia alimentar provoca uma reação intensa e imediata - cerca de uma a duas horas após a ingestão do alimento nocivo, o que a torna mais facilmente identificável. Por este motivo, é frequente verificar-se uma despreocupação geral em relação à deteção das intolerâncias alimentares, apesar de estas resultarem em efeitos nefastos para a saúde, com consequências a médio e longo prazo. Apesar de não se manifestarem imediatamente e com uma intensidade menos limitadora, as suas consequências a curto prazo podem ser desagradáveis em termos de bem-estar geral, de qualidade de vida e até mesmo no equilíbro imunitário que nos permite proteger contra o desenvolvimento de variadíssimas doenças. COMO DETETAR? Em primeiro lugar, é fundamental identificar o alimento ou alimentos que provocam a intolerância e se ela realmente existe, verificando, por exemplo, É frequente confundir-se intolerância alimentar com alergias específicas aos alimentos, mas estas duas situações são bem diferentes e têm solução Saiba mais na Revista Zen Energy se não se trata antes de sintomatologia associada a outras situações clínicas ou hábitos alimentares menos adequados. Para identificar os alimentos que causam este tipo de reações adversas poderá recorrer a métodos de análises clínicas ou optar por fazer um autoconhecimento com técnicas de tentativa e erro, sendo uma avaliação muito mais morosa, mas muito mais barata e igualmente eficaz. Depois de identificada a intolerância e alimento causador, deverá eliminá-lo da sua dieta corrente. Note que a eliminação do ingrediente a que é intolerante pode ser complicado, pois pode integrar a composição de outros alimentos (nomeadamente os industrializados) sem que tenha consciência disso. É por isso que deve também procurar ajuda de um especialista. Lillian Barros, Nutricionista Clínica
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy ODAwNzE=